sexta-feira, 8 de julho de 2005

PAIS E FILHOS!

Numa cidade como o Rio de Janeiro, onde criminosos cada vez mais audaciosos nos convencem a cada dia, de que estávamos errados quando achávamos que as coisas não poderiam piorar ainda mais, o noticiário achou espaço para uma notícia que quase passa despercebida!
Uma mãe deixa uma filha de um ano e meio, sozinha, dormindo na cadeirinha dentro do carro, no estacionamento do Shopping da Gávea, e vai fazer compras!
Depois de uma hora e meia, ao voltar para seu carro estacionado, a mãe “zelosa” é surpreendida ao ver seu veículo cercado de bombeiros e seguranças, que “resgataram” o bebê de dentro do carro e o acalmavam!
A criança acordou e vendo-se sozinha no carro desandou a chorar, chamando a atenção dos seguranças do shopping.
A mãe acha que não fez nada de mais!
São os tempos modernos!
Nossos antepassados peludos, carregavam os filhotes o tempo todo agarrados nas costas, como ainda fazem até hoje nossos primos mais próximos, os chimpanzés!
Nós, os descendentes “civilizados” dos macacos primevos, deixamos os filhotes dentro do automóvel enquanto vamos às compras!
Há algo de muito errado na concepção que algumas pessoas tem do que é ser pai, ou mãe!
Para começo de conversa, nossos filhos são nossa única esperança de imortalidade!
De que continuaremos a viver neste planeta através de nossos filhos, que perpetuarão nossa semente!
A ordem natural das coisas é que os filhos enterrem os pais, e não o contrário, por isso a dor de perder um filho, é sempre muito maior do que a dor de perder um pai, ou mãe!
Um filho, ou filha, jamais amará um pai, ou mãe, como um pai, ou mãe ama seu filho, ou filhos!
A relação é naturalmente diferente!
Nossos filhos só vão entender seus pais, quando eles próprios forem pais!
A dívida que os filhos têm com seus pais, não pode ser quitada com os próprios pais, mas deverá ser paga aos seus filhos.
É um tributo que atravessa gerações!
Lembro-me de um jovem colega que acabava de ter seu primeiro filho e, orgulhoso, anunciava o fato!
Perguntei-lhe:
- Quando será a festa comemorando o nascimento?
Ao que ele respondeu:
- Assim que passar essa primeira fase, e eu voltar a dormir direito!
Eu fui então, obrigado a esclarecer, do alto de minha experiência de pai de um garoto de 15 anos:
- Você está enganado! Você NUNCA MAIS vai dormir direito!
Um filho é um compromisso para SEMPRE!
As preocupações vão mudando de acordo com a idade do filho, mas nunca vão te abandonar.
Mesmo quando você tiver 60 anos e seu filho tiver 40, você vai continuar a se preocupar com o bem estar dele!
Para o PAI, ou MÃE, o filho será motivo de preocupação sempre!
Sinceramente! Não consigo entender uma mãe que deixa uma criança de um ano e meio sozinha dentro do carro no estacionamento enquanto vai fazer compras no shopping!
Ainda não concluí se eu é que sou antigo, ou se ela é que é por demais “MUDERNA”!

7 comentários:

Elaine disse...

Ela não é muderna não. Essa figura não sabe o que é ser mãe. Com todo o problema de coluna que tenho quando meu filho era pequeno eu o carregava nos braços para todo lugar. Fazia supermercado, ia ao Shopping, ao médico e em todos os lugares que precisava. E olha que o bichinho era pesado.
Longe de mim estar julgando alguém e mais ainda uma mãe, mas se for o caso, ela deve ser punida, porque hoje ela deixa a criança dentro do carro, amanhã sabe lá Deus o que essa figura é capaz de fazer.

Anônimo disse...

Nossa muito bom o seu texto! é triste, mas não me surpreende haver mães assim... essa mãe é igual à mãe do traficante, à mãe do assassino, à mãe do político...

Anônimo disse...

Realmente lamentável a atitude criminosa dessa mulher que nem merece ser chamada de mãe.
Outro tipo de crime, ainda "não identificado na lei", é o de muitas mães que deixam seus filhos pré adolescentes nas portas de Land Houses, onde eles passam o dia todo jogando on-line -passatempo violentíssimo - e elas ficam livres para ir ao shopping, ao cabeleireiro, ao massagista etc., e só voltam para apanhá-los no início da noite. Pobres crianças!

Luiz Carlos FS Marques disse...

Tenho um pensamento sobre a violência. Porque os pais de menores não são punidos pelos atos dos filhos? Se estivessem preocupados em saber o que os filhos estão fazendo, certamente a deliquencia seria menor. Não podemos aceitar como desculpa a distancia em função do trabalho, tanto paterna quanto materna. O que diferencia essa senhora que deixou um filho trancado dentro do carro, pelas suas conveniências, de pais que fazem vista grossa para as atividades ilegais dos filhos menores? Está entrando dinheiro então faz-se de conta que não é com eles, até que o local é invadido pela Polícia, acontece a troca de tiros e uma bala perdida acerta algúem. Aí vai todo mundo prá frente das câmeras dizer que quer justiça.
Não podemos permitir que tudo leve o nome de "Problema Social".

Beto Santos disse...

Parabéns pelo texto. Minha avó com cerca de 80 anos se preocupava com o filho dela de 50 anos (meu tio), casado, com dois filhos grandes. Ela morava na casa da frente e, somente quando meu tio chegava em casa, ela desligava a luz e ia dormir. A hora que fosse.

Ozéas disse...

Não é "muderna" não, é mais uma daquelas pessoas que pela história entendem a procriação como mero ato de gerar, sem nenhum vínculo afetivo com a cria.
São os "golpes das barrigas" aplicados para o casamento de conveniência e oportunismo, são os filhos não planejados e queridos, são os valores individuais que já são poucos ou quase nenhum, representados pelas ofertas de ocasião, que nos coloca como espécie inferiores aos primos chipanzés.
Parabéns pelo texto.

Anônimo disse...

Sem tanto exagero, acho que é apenas (apesar de grave) uma criatura inconsequente (estou sem trema). Me lembra um caso de alguns anos atrás em que um casal foi levar a mãe dela ao hospital e trancou a casa com os três filhos dentro, pensando em protegê-los. Houve um incêndio, as crianças não puderam sair e morreram.