Elaine disse...
Bom dia! Dr. Rayol, mantenho o meu pensamento sobre a decisão de cada cidadão em portar ou não uma arma, mas em referência ao texto gostaria de salientar aos amigos e visitantes (e não ao delegado-num carece) que as leis dos Estados Unidos (até onde sei - lembrando que sou leiga) são mais rígidas e objetivas que do nosso país (me corrijam se eu estiver errada. Por isso, lá fica mais fácil uma discussão do assunto em pauta e até uma decisão mais acertada de seus cidadãos. Em nosso país é complicado porque o código penal é cheio de brechas. Se tivessemos leis mais duras para aqueles que cometessem crimes, e se o Brasil fosse um país sério, talvez a sociedade se decidisse e brigasse por seu direito de portar uma arma. Mas pelo que tenho escutado desde as pessoas, simples até os mais, digamos, intelectuais é que arma só trás desgraça. E que a campanha teve seu valor porque tirou de circulação as armas não registradas e muitas adquirida sabe lá como. Para mim, a questão do desarmamento engloba uma série de fatores importantes: Como a nossa lei; a falta de estrutura das corporações; de policiais mal treinados; de policiais que se acham o dono da cocada preta porque são "autotidades" e pensam que podem tudo;de pessoas que não tem condições de portar uma arma; da politica dentro das instituições, da política propriamente dita porque no fundo para eles quanto mais o povo tiver acuado, melhor é para eles e assim vai...Finalizando, tem um ponto na questão do desarmamento que me incomoda bastante. Eu tenho que concordar com o ilustre Dr no que se refere ao governo, principalmente, ao atual que vem querendo ditar uma série de regras, de que, é típico de governos ditadores desarmarem a população. Isso me preocupa sim, embora eu acredite que o brasileiro não vá mais permitir que esse tipo de "regressão e agressão" ao nosso país aconteça.No mais, bom domingo.
Domingo, Junho 19, 2005 4:03:10 AM
Forny disse...
Bom dia Eliane,Discordo do seu entendimento sobre a necessidade de leis mais rígidas. Montesquieu já afirmava que não era a quantidade da pena, mas a certeza da punição que atuava sobre a criminalidade. ou seja, de nada adianta um crime hediondo ser punido com 30 anos. O que importa é a certeza de que o criminoso será preso e condenado pelo crime. Nossa realidade, hoje, estampada em diversos noticiários, dão conta de que cerca de 10% dos crimes são efetivamente punidos. Existe um livro, que inspirou a política do ex-prefeito de New York, Rudolph Giuliani - o qual conseguiu uma redução espantosa na criminalidade daquela cidade - chamado Broken Window, segundo o qual, as pessoas ao verem algumas janelas quebradas, têm vontade de pegar uma pedra e continuar o "trabalho". Em síntese, algo parecido observamos no metrô carioca. Não vemos ninguém jogar lixo no chão, o qual é sempre limpo. Aquela autoridade, inspirada na teoria, reprimiu fortemente os pequenos delitos, mandando um recado, que se os pequenos delitos são repreendidos, os mais graves também o serão.
Domingo, Junho 19, 2005 7:58:37 PM
LCMarques disse...
Para Forny e Elaine: O assunto é polêmico e por isso é que nos manifestamos.Tivemos recentemente exemplos que ilustram muito bem o assunto impunidade e tamanho da pena. No caso dos dois julgamentos referentes ao Tim Lopes, os condenados não pegaram a pena máxima, mesmo com todo estardalhaço feito pela mídia.E aí? Medo dos jurados, "peninha", falta de provas consistentes, incompetencia da Promotoria? Complicado, né? A Sociedade não acredita ou tem medo de punir os criminosos. Eu fiquei estarrecido com a desenvoltura da Defesa e o total das penas, sem falar nos indultos e reduções legais. Lastimável.Abraços
Domingo, Junho 19, 2005 8:54:17 PM
Bom dia! Dr. Rayol, mantenho o meu pensamento sobre a decisão de cada cidadão em portar ou não uma arma, mas em referência ao texto gostaria de salientar aos amigos e visitantes (e não ao delegado-num carece) que as leis dos Estados Unidos (até onde sei - lembrando que sou leiga) são mais rígidas e objetivas que do nosso país (me corrijam se eu estiver errada. Por isso, lá fica mais fácil uma discussão do assunto em pauta e até uma decisão mais acertada de seus cidadãos. Em nosso país é complicado porque o código penal é cheio de brechas. Se tivessemos leis mais duras para aqueles que cometessem crimes, e se o Brasil fosse um país sério, talvez a sociedade se decidisse e brigasse por seu direito de portar uma arma. Mas pelo que tenho escutado desde as pessoas, simples até os mais, digamos, intelectuais é que arma só trás desgraça. E que a campanha teve seu valor porque tirou de circulação as armas não registradas e muitas adquirida sabe lá como. Para mim, a questão do desarmamento engloba uma série de fatores importantes: Como a nossa lei; a falta de estrutura das corporações; de policiais mal treinados; de policiais que se acham o dono da cocada preta porque são "autotidades" e pensam que podem tudo;de pessoas que não tem condições de portar uma arma; da politica dentro das instituições, da política propriamente dita porque no fundo para eles quanto mais o povo tiver acuado, melhor é para eles e assim vai...Finalizando, tem um ponto na questão do desarmamento que me incomoda bastante. Eu tenho que concordar com o ilustre Dr no que se refere ao governo, principalmente, ao atual que vem querendo ditar uma série de regras, de que, é típico de governos ditadores desarmarem a população. Isso me preocupa sim, embora eu acredite que o brasileiro não vá mais permitir que esse tipo de "regressão e agressão" ao nosso país aconteça.No mais, bom domingo.
Domingo, Junho 19, 2005 4:03:10 AM
Forny disse...
Bom dia Eliane,Discordo do seu entendimento sobre a necessidade de leis mais rígidas. Montesquieu já afirmava que não era a quantidade da pena, mas a certeza da punição que atuava sobre a criminalidade. ou seja, de nada adianta um crime hediondo ser punido com 30 anos. O que importa é a certeza de que o criminoso será preso e condenado pelo crime. Nossa realidade, hoje, estampada em diversos noticiários, dão conta de que cerca de 10% dos crimes são efetivamente punidos. Existe um livro, que inspirou a política do ex-prefeito de New York, Rudolph Giuliani - o qual conseguiu uma redução espantosa na criminalidade daquela cidade - chamado Broken Window, segundo o qual, as pessoas ao verem algumas janelas quebradas, têm vontade de pegar uma pedra e continuar o "trabalho". Em síntese, algo parecido observamos no metrô carioca. Não vemos ninguém jogar lixo no chão, o qual é sempre limpo. Aquela autoridade, inspirada na teoria, reprimiu fortemente os pequenos delitos, mandando um recado, que se os pequenos delitos são repreendidos, os mais graves também o serão.
Domingo, Junho 19, 2005 7:58:37 PM
LCMarques disse...
Para Forny e Elaine: O assunto é polêmico e por isso é que nos manifestamos.Tivemos recentemente exemplos que ilustram muito bem o assunto impunidade e tamanho da pena. No caso dos dois julgamentos referentes ao Tim Lopes, os condenados não pegaram a pena máxima, mesmo com todo estardalhaço feito pela mídia.E aí? Medo dos jurados, "peninha", falta de provas consistentes, incompetencia da Promotoria? Complicado, né? A Sociedade não acredita ou tem medo de punir os criminosos. Eu fiquei estarrecido com a desenvoltura da Defesa e o total das penas, sem falar nos indultos e reduções legais. Lastimável.Abraços
Domingo, Junho 19, 2005 8:54:17 PM
Um comentário:
Aumentar as penas é muito significativa no combate ao crime; porque no Brasil a reincidencia é muito grande; o meliante devidamente preso não estará nas ruas reincidindo em seus crimes.
O que mais rola é soltar os presos (com alvará ou não) e vêr esses criminosos liberados na ativa cometendo crimes terriveis.
Felismente para Montesquieu ele não vive aqui.
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