domingo, 5 de novembro de 2006

Preferindo BARRABÁS!

MATEUS escrevendo o Evangelho em gravura medieval.
Domingo é dia de missa e Padre Paulinho estava inspirado no sermão da pequena igreja do interior, quando resolveu abordar o Evangelho de Mateus, mais especialmente, o capítulo 27, versículos 11 a 25:
"Jesus compareceu diante do governador, que o interrogou:
- És o rei dos judeus?
- Sim, respondeu-lhe Jesus.
Ele, porém, nada respondia às acusações dos príncipes dos sacerdotes e dos anciãos.
Perguntou-lhe Pilatos:
- Não ouves todos os testemunhos que levantam contra ti?
Mas, para grande admiração do governador, não quis responder a nenhuma acusação.
Era costume que o governador soltasse um preso a pedido do povo em cada festa de Páscoa.
Ora, havia naquela ocasião um prisioneiro famoso, chamado Barrabás.
Pilatos dirigiu-se ao povo reunido:
- Qual quereis que eu vos solte:
- Barrabás ou Jesus, que se chama Cristo?
(Ele sabia que tinham entregue Jesus por inveja.)
Enquanto estava sentado no tribunal, sua mulher lhe mandou dizer:
- Nada faças a esse justo.
- Fui hoje atormentada por um sonho que lhe diz respeito.
Mas os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram o povo que pedisse a libertação de Barrabás e fizesse morrer Jesus.
O governador tomou então a palavra:
- Qual dos dois quereis que eu vos solte?
Responderam:
- Barrabás!
Pilatos perguntou:
- Que farei então de Jesus, que é chamado o Cristo?
Todos responderam:
- Seja crucificado!
O governador tornou a perguntar:
- Mas que mal fez ele?
E gritavam ainda mais forte:
- Seja crucificado!
Pilatos viu que nada adiantava, mas que, ao contrário, o tumulto crescia.
Fez com que lhe trouxessem água, lavou as mãos diante do povo e disse:
- Sou inocente do sangue deste homem.
- Isto é lá convosco!
E todo o povo respondeu:
- Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos!
Libertou então Barrabás, mandou açoitar Jesus e lho entregou para ser crucificado."
O Padre Paulinho então dissertou que há quem afirme, por pura lógica, que para que se cumprisse o superior e divino desígnio do sacrifício do Cristo pelos pecados da Humanidade, a traição de Judas era tão necessária quanto a libertação de Barrabás em detrimento da condenação de Jesus, o Nazareno!
Padre Paulinho prosseguiu em sua explanação afirmando que abstraindo a questão religiosa era possível inferir do episódio que nem sempre o que exige o clamor público é o desfecho mais justo.
E que nem sempre é sábia e acertada a escolha da multidão!
Barrabás era um homicida e salteador, mas não há dúvida de que contava com a simpatia da turba diante de Poncio Pilatos!
Mas sua popularidade não o absolvia de seus crimes nem o tornava uma pessoa melhor!
Segundo o Padre Paulinho, Barrabás era bom de marketing, mas ainda assim, continuava a ser apenas um FACÍNORA!
Reflitamos, oremos e penitenciemo-nos!!!

3 comentários:

Anônimo disse...

Resumindo:

"Qualquer semelhança, não é merca coicidência."

Correto ??

A propósito, poderia disertar sua opinião sobre a censura na internet, e o fato de quem idealizou a PL ser o petralha Delcídio, e o relator ser o Eduardo Azeredo - PSDB ?

Outra coisa, o que o Sr. sabe sobre o Foro São Paulo ?

Anônimo disse...

Rayol...tú és uma caixinha de surpresa.
Perfeito.
Sds...Elaine Paiva

Alice disse...

E a penitencia será de 4 longos anos ...