quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006

Texto antigo, situação recidiva!

No dia 07 de setembro de 2002 um agente de polícia federal de plantão foi assassinado com 11 tiros no Rio de Janeiro.
Horas depois três indivíduos envolvidos no crime foram presos e, no dia seguinte, surgiu a denúncia de que os presos teriam sido torturados por vingança dos colegas do policial morto.
A partir de então toda a imprensa e as ONG’s de sempre passaram a exigir punição pelos responsáveis pela suposta tortura e não se tocou mais no assunto do assassinato do policial.
Escrevemos um texto a respeito e o enviamos a um grande jornal do Rio de Janeiro que, gentilmente o recusou, sob o argumento de que o texto era politicamente incorreto.
Fazendo uma limpeza hoje nos arquivos encontrei o tal artigo e, imediatamente me lembrei de uma frase de ASSIS CHATEAUBRIAND:
“Quem quiser publicar suas opiniões que compre seu próprio jornal!”
No tempo de CHATÔ não existiam blogs, se existissem, ele teria tido um!
O VOX LIBRE não é um jornal, mas o editor sou eu e como diz um velho adágio argentino:
ACÁ MANDAMOS NOSOTROS!!!
O texto é de 2002 e o fato também, mas a idéia continua atual e por isso resolvi compartilhá-lo com os piedosos e pacientes freqüentadores do VOX LIBRE!
Afinal de contas, de que vale escrever se ninguém vai ler?
O ASSASSINATO DO AGENTE MAYER!
Historicamente as ONG’s dedicadas aos direitos humanos nunca deram atenção às vítimas, mas sempre aos criminosos.
Por que isso acontece?
É uma questão complexa que tentaremos responder de forma breve:
Em primeiro lugar essa ONG’s se baseiam na premissa de que os criminosos são “vítimas” da sociedade de consumo, conclusão baseada em uma ótica de esquerda exacerbada segundo a qual a criminalidade é sempre um produto da miséria.
Assim, os mais favorecidos seriam vítimas de uma situação que eles mesmos criaram com sua insensibilidade com o problema daqueles que são excluídos do processo social baseado no sistema capitalista, que “explora” as classes mais pobres em favor das classes mais ricas.
É a velha retórica da esquerda que se fundamenta na luta de classes.
Esta visão é deturpada, injusta e falaciosa, porque transforma todos os pobres em criminosos em potencial, sempre desculpáveis em eventuais delitos que venham a cometer, porque afinal “foram levados ao crime pela injusta distribuição de renda”.
Tal idéia cai como uma luva na defesa de facínoras de todos os tipos, pois que sempre podem alegar que foram “vítimas do sistema” e apenas reagiram como marginalizados do processo de geração de riqueza econômica.
A mentira reside no fato de que o Brasil possui cerca de 30 milhões de miseráveis, que em sua quase totalidade sobrevivem honestamente sem cometer crimes, porque acreditam em valores culturais e morais que os impele a viver dignamente, apesar da retórica de esquerda que tenta justificar os crimes provocados pela miséria, em idéia que ofende todos os pobres do Brasil que suportam as dificuldades em que vivem, sem optar pela via do crime.
A miséria contribui para o crime, mas não o determina!
A criminalidade no Brasil não é uma mera questão econômica, mas decorrência de uma brutal corrupção dos valores sociais e morais.
Isso explica porque uma jovem rica, educada e bonita planeja o assassinato dos próprios pais (mortos a pauladas enquanto dormiam), para usufruir com o namorado as benesses da herança, em crime ocorrido recentemente em São Paulo (SUZANE VON RICHTOFFEN).
Hoje, ser membro de uma ONG no Brasil é uma profissão rentável, os “ongueiros” profissionais vivem (e bem) de recursos angariados no exterior, colhidos de otários endinheirados do primeiro mundo, a título de combater no terceiro mundo (aí incluído o Brasil), os abusos contra os direitos humanos.
Tais contribuições generosas são obtidas através da propaganda que usam sobre nossos menores de rua, sobre torturas contra presos “inocentes” e sobre execuções sumárias praticadas por “esquadrões da morte” contra miseráveis que nada fizeram de mal.
A pior coisa que pode acontecer para essas ONG`s, é o primeiro mundo passar a acreditar que no Brasil não há mais menores na rua, que não existe mais tortura nem esquadrões da morte e, que aqui existe democracia, liberdade de imprensa e instituições sérias combatendo o crime como o Judiciário, o Ministério Público e a Polícia.
Quando isso acontecer, a “fonte” das doações internacionais vai “secar” e os “ongueiros” profissionais vão ter que procurar um trabalho de verdade, como acontece com qualquer outro mortal.
Enquanto isso não acontece, os “ongueiros” profissionais tem que fomentar a crença internacional de que no Brasil há, de forma generalizada e cotidiana, torturas, execuções sumárias e desrespeito aos direitos humanos para que consigam manter abertas as fontes das doações internacionais das quais vivem.
Essas ONG’s só se movimentam em países democráticos e livres como o Brasil.
Por que tais entidades não vão exercer sua nobre missão em países como a Coréia do Norte, a China comunista, em Cuba, ou em países islâmicos onde impera o autoritarismo e o arbítrio (lembrando aqui que não há no mundo nenhum país islâmico democrático)?
Porque os “ongueiros” profissionais têm muitos defeitos, mas não são burros!
Muito ao contrário são espertalhões vivendo à custa de ingênuos, mas que não tem a menor vontade de correr riscos!
Nos países ditatoriais acima mencionados, sequer entrariam, e se entrassem correriam o sério risco de sofrer as seqüelas que denunciam.
São esses fariseus profissionais da mentira e da fraude que se alimentam de farsas.
É por isso que nada falam sobre a morte do agente Mayer.
Policiais mortos no cumprimento do dever não atraem doações.
O Brasil não é mais uma ditadura, e nossos policiais não são “tonton macoutes” da ditadura Chevalier do Haiti.
Mas a imagem que os “ongueiros” querem vender lá fora é a pior possível, porque disso depende a vida que levam, confortável, financiada pelos otários de plantão no primeiro mundo que, inconscientemente alimentam a indústria da mentira e da fraude.
Aqueles que mataram o agente Mayer com onze tiros, são pobres coitados merecedores da ajuda internacional, vão acabar vivendo no exterior com subvenções generosas.
Vão iniciar uma nova vida!
Quanto ao agente Mayer, vai continuar bem morto.
Para falar a verdade pelo que estão falando do caso, o agente Mayer vai acabar sendo assassinado uma segunda vez, pela impunidade dos culpados e pela demonização de supostos torturadores policiais federais. Essas ONG`s são como vampiros que se nutrem do sangue das vítimas dos criminosos que elas defendem.
Claro que nem todas as ONG's dedicadas à defesa dos direitos humanos são assim, mas as que são vão se reconhecer no texto e vão vestir a carapuça!

9 comentários:

Anônimo disse...

Neste artigo você se superou.Não dá pra acrescentar nem retirar nada.Absolutamente correto!!!
PARABÉNS

BERTIN

Luiz Carlos FS Marques disse...

Perfeito!
Que os 'ongueiros' se preocupem em seguir a máxima de " AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO'
Fazer graça para achar que estão comprando o Reino dos Céus não é uma boa atitude.
Ontem uma mãe esfaqueou um acusado de molestar o seu filho, dentro do Tribunal. Está errada? Claro que está, o Estado não deu a segurança e Justiça necessária, mas como fica a frustração de quem educou um filho prá conviver junto à Sociedade e encontra um criminoso pela frente que será libertado momentos depois da prisão. E com provas?
O Janene, político federal que está enrolado até o pescoço e com aval de insuficiência de saúde que pode se aposentar como Deputado Federal e o Presidente da Camara nos informa que não sabe dizer se ele pode ou não ser candidato depois de aposentado.
Como é que é? Se aposenta porque não pode exercer a função de Deputado e pode swr candidato de novo?
Como já dizia o comediante, tira o tubo...

Anônimo disse...

Excelentes palavras!!! Dou especial atenção a frase: "policiais mortos no cumprimento do dever não atraem doações"...Infeliz realidade!!!

Abcs
Rubone

Anônimo disse...

Rayol, bom dia. Veja o problema das ONG's no Brasil e de longa data. Ja fui presidente de várias e desisti a alguns anos por causa da pilantragem que se alastra no setor. Setor esse que responde a interesses politicos em quase sua totalidade. E aquelas ONG's que não se ajustam aos críterios políticos e barrada do mapa. O problema das ong's de direitos humanos vem se alstrando a mutos anos, depois da falencia mundial da Anistia Internacional o mundo todo pode ver os interesses políticos que essa ong representava inclusive no Brasil. Com presidentes da Anistia no Brasil inventando atentados e tal. Um coisa e certa: lugar de assassino e no caixão. Lugar de tráficante e no espaço sideral. Lugar de estuprador e juntoa mandinga, bem lá embaixo. a policia, todas elas, tem que começar a aplicar uma depuração total, tanto em seus quadros como na pilantrage. Em poucas palavras: FAZER UMA LIMPEZA GENERALIZADA.

Anônimo disse...

Eu posso repassar esse seu texto?

Anônimo disse...

Parabéns Delegado. Advogamos por algum tempo para a família do APF Mayer, acompanhando, de perto, a luta de seu pai, Sr. Egberto. Pelo que sabemos nenhuma destas ONGs o procurou, a despeito de várias terem "ajudado" os assassinos de seu filho, soltos em decisão absurda do Juiz do IV Tribunal do Júri da Comarca da Capital do Rio de Janeiro. Assim como o senhor, enviamos diversos artigos e cartas para Jornais e revistas, sendo que apenas uma única missiva foi publicada pelo Jornal do Brasil.
Sob o título "Desabafo de um Pai", o Sr. Egberto Melo Moreira (pai do APF Mayer) enviou para todas as empresas de comunicação emocionado artigo, nunca publicado, talvez por também ser "politicamente incorreto".
Felizmente agora, passados quase 4 anos do assassinato covarde do policial (morto com 7 tiros pelas costas quando defendia um travesti!!!) esse ótimo Blog relembra o sacrifício deste servidor federal, revelando a conduta temerária de grande parte destas ONGs e empresas jornalísticas. Aproveitando o ensejo, enviamos para o senhor, junto a esta mensagem, cópia do texto escrito pelo pai do APF Mayer, narrando todo o seu sofrimento.

Agradecidos pela lembrança e a disposição

Engelberg, Ferreira & Souza Advogados Associados



DESABAFO DE UM PAI

Um jovem que teve a vida abrupta e prematuramente ceifada, tão somente porque, na madrugada do dia 07 de setembro, na defesa dos direitos humanos de dois travestis que clamavam por socorro, na Avenida Rio Branco, esquina com Teófilo Otoni, que eram castigados por três elementos – Samuel, Antônio e Márcio - , com os quais se negaram a fazer programa sexual. Ao ouvir os gritos dos travestis, o jovem policial interrompeu seu trajeto normal, no caminho da sede da Polícia Federal, para atender as súplicas dos dois e dissuadir os três incômodos cafajestes, para que não os molestassem ou maltratassem.

O policial Gustavo enganou-se, ao pensar que iria encontrar pessoas que pudessem, com um simples diálogo, convencer a suspender o castigo e os maus-tratos que estavam sendo impostos aos infelizes homossexuais. Ao se aproximar e dirigir as primeiras palavras, recebeu uma violenta “gravata” de um dos homens, enquanto os outros dois passaram a desferir socos e pontapés.

Os violentos golpes desfigurou o rosto de Gustavo, causando diverso hematomas em sua face e, aos poucos, a resistência foi sendo minada. Ele estava em total desvantagem – três contra um – e não recebeu nenhum tipo de socorro dos travestis.

Não encontrando outra alternativa, o Agente sacou sua arma para tentar se livrar da violenta “gravata” que o sufocava e atingiu seu algoz no ombro. Mas nunca foi seu propósito matar ninguém.

Jogado ao chão, ele passou a ser pisado e chutado pelos três malfeitores que, mesmo vendo-o desmaiado e sem possibilidade de reação, maldosa, cruel e covardemente arrastaram a vítima, já sem sentidos, até um canto. Gustavo foi virado para baixo e executado com vários tiros nas costas. Os disparos atingiram órgãos vitais, como coração e fígado, e o ânus, provocando ainda o esfacelamento do pênis.

Agora, o que causa a maior perplexidade é o fato desses monstros estarem sendo apresentados como vítimas, a ponto de serem exaltados e defendidos pela Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pelo Ministério Público, ONGs etc. Já que os assassinos – Antônio,Samuel e Marcio – supostamente foram vítimas de tortura nas dependências da Policia Federal.

Como pai sofrido e amargurado do policial, única vítima em defesa dos direitos humanos, quero manifestar minha grande tristeza e decepção, pelo fato de os órgãos de imprensa não terem dedicado qualquer espaço para exaltação e louvor do sacrifício do exemplar Agente. E, ainda, bom filho, zeloso pai de Julia, que, aos cinco anos, sempre pergunta pelo pai que não volta mais para casa, para passear de bicicleta, nadar na piscina, surfar na praia e tocar sua música.

É muito grande a dor de quem escreve, pois começo a acreditar e a me culpar, por não ter ensinado ao Gustavo as maldades do ser humano e, também, por ter sido seu grande incentivador no ingresso à carreira policial.

Agora,estou privado de sua companhia e de poder escutar as belas melodias que emanavam do seu saxofone, pois ele era um amante ardoroso da arte dos anjos – a música.

Até o dia em que nos veremos novamente.

Seu pai,
Egberto Melo Moreira

Elaine disse...

É interessante né. A mídia deu tanta importância ao cozinheiro que soubemos mais como ele foi morto e "torturado" (segundo informações publicadas nos jornais) do que a forma como mayer foi assassinado.
Eu que acompanhei quase todas as matérias divulgada pela imprensa tenho algumas reservas em tocar no assunto, por entender, na minha singela e leiga opinião, que existem muitos "buracos" nessa estória, talvez, eu tenha até esse sentimento pela falta de informações não repassadas pela imprensa e pelos orgãos responsáveis pela investigação dentro daquilo que podemos ter acesso.
Quero deixar claro que sou contra a qualquer tipo de tortura e atitudes da polícia que não seja, investigar, prender e cumprir a lei. Por outro lado, quando se menciona a palavra "tortura" as ong´s esquecem que mayer também foi torturado e - assassinado - por três homens sem a menor chance de defesa.
Vale ressaltar que na época e também algum tempo depois do "ocorrido" a mãe do cozinheiro(hoje falecida) pleiteou uma "indenização ou pensão" pela morte de seu filho. E o seu Ministro ficou de ver o que podia fazer?? É interessante isso, não?
Um policial é assassinado no cumprimento do seu dever e está tudo certo, afinal é sua profissão, mas se um suspeito de "assassinato" morre - mesmo que nas condições informadas pelo MP e imprensa - pode vir a gerar indenização? Não estou aqui dizendo que ela não teria direito(não sei), mas se fosse o caso, a família de mayer também o teria já que o agente foi morto no cumprimento do seu dever.

Pois então, e,eu fico me perguntando: Quem vai pagar pela morte do agente mayer?

Ninguém. Pois pelas informações postadas pelo nosso amigo editor e o comentário do advogado no blog, nos parece que até os "suspeitos de terem assassinado" o agente mayer ficarão livres.

Resta ao pai de mayer, engulir a seco sua dor e continuar lutando para que os responsáveis pelo -assassinato - de seu filho sejam um dia, finalmente punidos pela nossa justiça.

Se ele não encontrou apoio na mídia para publicar seu desabafo, acho que pode encontrar com alguns amigos blogueiros, inclusive, essa que escreve um espaço para publicar sua carta.

Sds...Elaine Paiva

PS: É importante frisar que sou leiga na área da justiça. Meus pensamentos se justificam apenas como uma cidadã.

Antonio Rayol disse...

Claro que o texto ser divulgado, apenas se pede que a fonte deve ser citada.

Anônimo disse...

Tava inspirado. Hein??

abs,

forny