Quinta-feira, 9:30 horas da manhã em pleno horário de rush de um dia útil, pedestres e motoristas que passavam pela Avenida Atlântica se assustaram com o pouso de um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal no calçadão central onde nem o estacionamento de automóveis é permitido!
O fato aconteceu na beira da praia de Copacabana no Rio de Janeiro, um dos pontos turísticos mais badalados do mundo.
Membros da associação de moradores do local foram procurar se informar sobre o inédito episódio e ficaram sabendo, por meio do comandante da aeronave, que o pouso foi parte do treinamento para o esquema de segurança de uma Conferência Internacional da INTERPOL que vai se realizar entre os dias 19 e 22 de setembro no Forte de Copacabana, a poucos metros do local do pouso do helicóptero.
E mais:
Que a aeronave ficaria baseada ali durante todo o evento.
Quem já assistiu de perto o pouso ou a decolagem de um helicóptero percebeu que se trata de uma operação delicada que envolve riscos para quem está próximo e realizar tal manobra sem prévio aviso foi no mínimo uma temeridade.
O fato seria aceitável se se tratasse de uma emergência, o que não foi o caso.
Como há normas rígidas do DAC (Departamento de Aviação Civil), para a pilotagem de aeronaves (que ao menos aparentemente), não foram observadas no caso, a associação de moradores de Copacabana deixou claro que vai exigir providências do órgão!
Ninguém questiona a necessidade de segurança que a reunião da INTERPOL exige, mas deve haver limites para tudo!
Além do mais, examinando a missão constitucional da Polícia Rodoviária Federal, de atuar como polícia administrativa na segurança das rodovias federais, cabe perguntar:
O que é que a Polícia Rodoviária Federal tem a ver com a reunião da INTERPOL?
A polícia carioca tem helicópteros, como também os têm o Departamento de Polícia Federal, o Exército e a Força Aérea Brasileira.
Por que um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal na Avenida Atlântica?
Será que as rodovias federais estão tão seguras que a PRF pode empregar um helicóptero em atividades que estão fora de suas atribuições constitucionais?
Em tempos em que as instituições policiais parecem abusar do marketing e do espetáculo o tal "pouso" inconveniente lembra um enredo engendrado por algum "STEVEN SPIELBERG" tupiniquim!
É apenas um cidadão-eleitor-contribuinte querendo entender!!!
2 comentários:
Eu também fiquei matutando aqui o que é que tinha a ver a PRF com o evento. Se é n forte de copacabana deveria ser um do exército. Se é na avenida atlantica um da PM ou Civil. Estou falando o óbvio mas taí um grande mistério a ser resolvido.
Por que então ?
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