A foto acima mostra, entre cadernos sobre uma mesa escolar, um buraco de bala.
Há cerca de 10 dias atrás, policiais militares foram chamados para verificar uma denúncia de que carros roubados estariam sendo desmontados em uma favela do Complexo do Alemão no Rio de Janeiro.
Foram recebidos a tiros por bandidos encastelados no local.
O problema é que na linha de fogo estava a escola Professor Henrique Foréis, no Morro da Fazendinha, em Inhaúma, quando pelo menos 20 estudantes foram atingidos durante o tiroteio
A diretoria da escola, decidiu suspender as aulas nos dias seguintes, já que nenhum aluno apareceu para as aulas.
De acordo com a diretora Dinalva Gurgel Norte Moreira, as aulas só serão retomadas quando houver segurança.
De acordo com a diretora Dinalva Gurgel Norte Moreira, as aulas só serão retomadas quando houver segurança.
Segunda a diretora, a escola já foi alvo de bandidos em outras ocasiões e estuda-se a possibilidade de fechar a unidade no local e abrir em lugar mais seguro.
As salas de aula ficaram com cadeiras e mesas viradas, além de mochilas e material escolar espalhados pelo chão.
As salas de aula ficaram com cadeiras e mesas viradas, além de mochilas e material escolar espalhados pelo chão.
A escola tem 306 alunos divididos em 10 turmas.
Das cinco salas de aula, três foram atingidas por tiros.
No confronto entre policiais e criminosos, pelo menos 20 estudantes com idades entre 8 e 15 anos ficaram feridos por estilhaços e balas de fuzis calibre 7.62.
No confronto entre policiais e criminosos, pelo menos 20 estudantes com idades entre 8 e 15 anos ficaram feridos por estilhaços e balas de fuzis calibre 7.62.
Os jovens acabaram virando alvo de traficantes da localidade do Morrão, que atiravam em direção a policiais militares que faziam uma busca na favela para encontrar sete carros e dois caminhões com cargas roubados.
O drama das crianças começou por volta das 10h40, quando elas retornavam do recreio para as três últimas aulas.
O drama das crianças começou por volta das 10h40, quando elas retornavam do recreio para as três últimas aulas.
Ao ouvir os primeiros disparos, muitas conseguiram se abrigar, mas outras foram feridas no pátio, no refeitório e a maioria nas salas de aula.
Foram 20 minutos ininterruptos de disparos, tempo em que os estudantes já feridos tiveram que permanecer ensangüentados e abaixados no chão, temerosos de novo ataque a tiros.
Nas paredes da escola, furos das balas que as atravessaram e atingiram alunos.
Nas paredes da escola, furos das balas que as atravessaram e atingiram alunos.
No chão do refeitório, do pátio e das salas, marcas de sangue e material escolar deixado para trás traduziam o caos que transformou o colégio num inferno.
A polícia ainda não identificou os criminosos responsáveis pelos tiros, mas seu serviço de inteligência recebeu informações de que os bandidos que atiraram contra a escola já teriam sido executados por ordens de chefes do tráfico que se encontram trancafiados no presídio Bangú I.
Afinal de contas, escolas em locais dominados pelo narcotráfico costumam ser consideradas como pontos "sagrados" pelos bandidos, pois muitos filhos de traficantes estudam em tais locais.
Se a informação for verdadeira, a "justiça" dos traficantes agiu mais rapidamente do que a "justiça oficial"!
Depois disso tudo, as "otoridades" do Rio de Janeiro ainda ficam irritadas com os jornalistas que falam em "poder paralelo"!
Realmente, em algumas áreas da cidade do Rio de Janeiro, não há "poder paralelo", só há um "poder", o do narcotráfico!
4 comentários:
Enquanto o 'poder paralelo' for mais eficiente que o poder do estado isso vai acontecer.
As famílias preferem ficar caladas e fingir que não vêm seus filhos trabalhando para o 'poder paralelo' porque garantem seu sustento.
Fazer caixa e pagar juros é melhor que dar cidadania, afinal o espetáculo em se tornar estadista passa obrigatoriamente em faszer graça com a comunidade econômica internacional.
Há vários anos é assim. O Brizolla pensou em mudar com os CIEP's e uma filosofia de educação (Viva Darcy!) muito contestada na época, lembram-se?
Pois é amigo. Recentemente fui questionada naquele assunto que te enviei do porquê incluí um delegado na história. Minha resposta foi simples: As duas "autoridades" mais próximas do povão é o delegado e o traficante. E, por mais que exista muita corrupção entre os representantes da Lei, o que muitas vezes é pavoroso, eu ainda escolho o delegado. Vou preferir sempre estar ao lado da lei e não do criminoso. E ponto final.
Bom final de semana!
Elaine
No Globo de hoje tem uma entrevista com a mãe do menor suspeito de assassinar o músico.
Vale a pena ler e ver o descaso dos pais em relação aos seus filhos. É tragédia atrás de tragédia e nada é feito.
Convenientemente culpam a vida...
é ...a cada dia fico mais triste com as noticias,sinto que o controle foi perdido ha muito tempo...
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