Está em vigor em todo o Estado do Rio de Janeiro, desde o dia 27 de junho, lei de autoria da Deputada Estadual ALICE TAMBORINDEGUY, devidamente sancionada pela Governadora ROSINHA GAROTINHO, que proíbe a venda de cartões postais com imagens de "mulheres em trajes sumários fora do contexto".
Não nos perguntem o que significa "mulher em trajes sumários fora do contexto" porque também não sabemos ao certo o que é!
Talvez seja uma mulher de biquini assistindo a uma missa dentro de uma igreja!
Normalmente quem vende cartões postais no Rio de Janeiro são as bancas de jornais, que estão sujeitas, segundo a nova lei, a pagamento de multas, caso insistam na venda dos cartões postais ILEGAIS.
As bancas de jornais continuam liberadas para vender revistas masculinas eróticas ou pornográficas, com fotos de mulheres inteiramente nuas ou participando de cenas de sexo explícito, mas cartões postais com "mulheres em trajes sumários fora do contexto" estão PROIBIDOS!
E ainda há a ser discutida a questão da liberdade de atividade artística dos fotógrafos, que é assegurada pela Constituição da República Federativa do Brasil!
Provavelmente é mais uma bobagem legislativa de políticos, sem coisa mais importante para fazer, que só serve para desmoralizar ainda mais as leis do país!
O fundamento da nova lei é desestimular o "turismo sexual".
Qualquer cristão que se dê o trabalho de observar o que acontece no calçadão da Avenida Atlântica no Rio de Janeiro, na praia de Copacabana (uma das orlas marítimas mais famosas do mundo), vai perceber que os turistas que se sentam nas mesas dos bares à beira mar são simplesmente assediados implacavelmente por "moças" (algumas visivelmente menores de idade), que oferecem "serviços" sexuais em troca de dólares e euros.
Um dos maiores eventos festivos do Brasil, divulgado em todo o mundo, é o Carnaval, onde mulheres simplesmente nuas, "vestidas" às vezes apenas com purpurina, exibem suas formas exuberantes em movimentos sensuais.
O que significa afinal a expressão "fora do contexto"?
E ainda tem quem venha querer combater o turismo sexual.
Se o calçadão de Copacabana está cheio de prostitutas, menores de idade ou não, trata-se de um débito social de que as autoridades deveriam se ocupar, antes de querer combater os "turistas sexuais".
Em 16 de junho último o VOX LIBRE publicou um post intitulado "PUTAS made in BRAZIL e com o carimbo do governo!", que tem tudo a ver com o assunto deste post.
Lá informamos que o governo brasileiro reconhece o ofício dos "profissionais do sexo" na relação de profissões do Ministério do Trabalho, e quem quiser conferir, repetimos no título deste post o link para a página correspondente no site governamental.
O site do governo descreve a atuação dos "profissionais do sexo" de seguinte forma:
"Batalham programas sexuais em locais privados, vias públicas e garimpos; atendem e acompanham clientes homens e mulheres, de orientações sexuais diversas; administram orçamentos individuais e familiares; promovem a organização da categoria. Realizam ações educativas no campo da sexualidade; propagandeiam os serviços prestados. As atividades são exercidas seguindo normas e procedimentos que minimizam as vulnerabilidades da profissão."
Como é que depois de publicar um texto desses, como descrição de uma "profissão", as autoridades brasileiras ainda podem pretender ter a "cara de pau" de dizer que querem combater o "turismo sexual"?
Depois disso tudo ainda há quem diga que o VOX LIBRE implica com tudo!
Definitivamente, nossos parlamentares perderam o "senso" da oportunidade, das prioridades e do ridículo!
4 comentários:
Essa lei realmente é muito ridícula. Só discordo dos posts no que diz respeito ao reconhecimento da profissão; colocando-se a hipocrisia e o moralismo de lado acho que se a profissão fosse reconhecida e organizada talvez evitasse a exploração que, acredito, acontece neste meio.
Pois é amigo editor. Tantas outras prioridades, e, "os legisladores" que nós colocamos lá(ou melhor, essas, eu não)criando leis que não servem para nada. Ora acha mesmo que a banca de jornal não vai vender os postais? Claro que vai! Os governantes são interessantes. Proíbem a venda de postais com mulheres de biquines, mas não proibe as emissoras de TV de mostrarem os peitos das atrizes as 21:00 h e as vezes até seminuas com "insinuação" de sexo em horário que as crianças estão acordadas; Emissoras essas que vendem seus programas para o exterior. E sem contar uma série de situações que a mídia compulsiva por ibope nos apresenta todos os dias. País hipócrita, legisladores hipócritas, sociedade hipócrita.
Sds e bom final de semana!
Elaine Paiva
Eu acho a lei válida. Não acho legal esses gringos por aqui. A proibição, apesar de ser claramente inconstitucional, serve para inibir que os haoles mandem esses postais para os amigos taradões com dizeres "tá vendo o que eu tô comendo vem para cá seu otário". Se ele quiser tirar as fotos das putas, para mandar para os amigos, com a máquina dele já é outra coisa. Putas existem em qualquer lugar, mas fazer propaganda delas, só o Brasil faz.
Só discordo da expressão "nossos parlamentares", por colocar todos os parlamentares no mesmo saco. É óbvio que nem todos os parlamentares são favoráveis à lei, assim como é óbvio que uma lei do estado do Rio foi aprovada pelos parlamentares do Rio e o Ministério do Trabalho está ligado ao governo (ou seja, executivo) federal. Dito isso, a lei é cretina mesmo.
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