Notem que na foto acima, os soldados não olham para onde apontam seus fuzis, mas olham para a câmera do fotógrafo, é isso aí, e só uma pose!
O texto abaixo é de autoria do editor deste VOX LIBRE e foi publicado no JORNAL DO BRASIL na edição de hoje (confira no link do título deste post):
Em uma cidade traumatizada por ações cada vez mais ousadas da criminalidade como o Rio de Janeiro, é natural que a maioria da população manifeste apoio à ação de militares do Exército que, a pretexto de tentar recuperar armas roubadas de seus arsenais ocupam várias favelas da cidade.
A queda dos índices de criminalidade nos locais onde atuam os soldados do Exército é um fato incontestável.
O problema é que a questão é muito mais complexa!
Em primeiro lugar o Exército não tem como manter tais ocupações por tempo indeterminado, não somente por seu alto custo logístico, como também porque não é missão do Exército se envolver diretamente com o problema da insegurança pública, além do fato de que os militares do Exército não tem treinamento específico, e nem poderiam ter, para lidar com a população civil numa esfera que envolve, por exemplo, conhecimento e respeito de direitos e garantias constitucionais.
Em segundo lugar, se os índices de criminalidade caem onde os soldados atuam, o mesmo não ocorre em outras áreas onde o problema da insegurança permanece inalterado uma vez que o Exército não tem como “ocupar” a cidade inteira.
Por outro lado, além das previsíveis escaramuças com traficantes de drogas fortemente armados e entrincheirados nas favelas ocupadas pelo Exército, já começam a acontecer atritos entre soldados e moradores de tais comunidades carentes, pessoas de bem até prova em contrário, que só moram em favelas por pura falta de opção de moradia melhor!
Há quem diga que tais moradores agem a mando dos traficantes locais no sentido de obrigar o Exército a se retirar, o que também é compreensível, porque todo mundo sabe que mais cedo ou mais tarde os soldados irão embora e os narcotraficantes permanecerão nas comunidades.
O fato é que a ação do Exército é uma ousada aposta de alto risco!
Até agora, dez dias após o início das operações militares, nenhuma arma roubada do quartel foi recuperada e os soldados estão cada vez mais próximos do fiasco de saírem de tal imbróglio com a imagem ainda mais arranhada do que já estava quando nele se meteram!
A queda dos índices de criminalidade nos locais onde atuam os soldados do Exército é um fato incontestável.
O problema é que a questão é muito mais complexa!
Em primeiro lugar o Exército não tem como manter tais ocupações por tempo indeterminado, não somente por seu alto custo logístico, como também porque não é missão do Exército se envolver diretamente com o problema da insegurança pública, além do fato de que os militares do Exército não tem treinamento específico, e nem poderiam ter, para lidar com a população civil numa esfera que envolve, por exemplo, conhecimento e respeito de direitos e garantias constitucionais.
Em segundo lugar, se os índices de criminalidade caem onde os soldados atuam, o mesmo não ocorre em outras áreas onde o problema da insegurança permanece inalterado uma vez que o Exército não tem como “ocupar” a cidade inteira.
Por outro lado, além das previsíveis escaramuças com traficantes de drogas fortemente armados e entrincheirados nas favelas ocupadas pelo Exército, já começam a acontecer atritos entre soldados e moradores de tais comunidades carentes, pessoas de bem até prova em contrário, que só moram em favelas por pura falta de opção de moradia melhor!
Há quem diga que tais moradores agem a mando dos traficantes locais no sentido de obrigar o Exército a se retirar, o que também é compreensível, porque todo mundo sabe que mais cedo ou mais tarde os soldados irão embora e os narcotraficantes permanecerão nas comunidades.
O fato é que a ação do Exército é uma ousada aposta de alto risco!
Até agora, dez dias após o início das operações militares, nenhuma arma roubada do quartel foi recuperada e os soldados estão cada vez mais próximos do fiasco de saírem de tal imbróglio com a imagem ainda mais arranhada do que já estava quando nele se meteram!
Afinal de contas era muito mais fácil manter as armas em segurança quando elas estavam dentro do quartel do que recuperá-las agora, nas ruas, quando ninguém faz a menor idéia de onde e com quem estejam!
6 comentários:
É muito bom que o JB tenha publicado a sua opinião sobre o assunto, afinal ninguém me parece mais indicado para escrever sobre esse problema que tanto aflige o Rio.
Rayol, se tirarem o excército de la a Policia Federal vai assumir?
Porque e que a Policia Federal não faz esse trabalho já que tem diversas equipes preparadas e treinadas para esses fins?
Estou achando que existe uma falta total de interesse de agir, você não acha?
Eu estou matando um leão por dia , antes que ele me mate .
Estou numa corrida louca ,mas prometo voltar a postar e visitar todos vcs .
Tenham paciência comigo .
Com carinho, bjins .
Porque a PF não faz aquilo que lhe cabe, nas fronteiras? Porque alegar que os militares não estão treinados para esse tipo de ação? Basta deixa-los e em alguns dias terão toda experiencia necessária. Se constitucional ou não é outro problema, queimar ônibus com pessoas dentro é constitucional? Colocar crianças fazendo barreira para impedir a entrada de policiais é correto? Oras! Temos que deixar de cinismo e encarar a realidade. Precisamos sim dos militares, a policia esta podre e sem moral para agir, tanto que a situação chegou onde chegou. A propósito, e grana surrupiada de dentro da pf, acharam???
Rayol,concordo com o seu comentário,mas ainda acho que é melhor gastar o dinheiro aqui do que no Haiti.
Novinha de Taubaté.
Quem me conhece sabe que sou muito intolerante no que diz respeito a política criminal, mas no que tange a esse assunto tenho uma abordagem diferenciada. Penso ser uma das ações mais estabanadas que o exército tomou nos últimos tempos por dois motivos: primeiro por ser tratar de pura vaidade!!!Isso mesmo caros amigos, vaidade, pois o exército subiu o morro com o própósito único de achar suas armas e não de proteger os cidadãos, afinal roubaram as armas de dentro da "casa" do EXÉRCITO BRASILEIRO e segundo pelo risco de tornar essa "pirotecnia" um vexame total caso não encontrem os maldidos fuzis.( Querem apostar que não vão achar??).
Um discreto trabalho envolvendo exclusivamente o serviço de inteligência teria sido muito mais eficaz do que ficar submetendo aquelas pessoas do bem que residem nos morros por falta de opção a uma tremenda humilhação enquanto os verdadeiros criminosos tiram férias até o final da "ocupação"...
Tenham todos uma excelente semana!!
abcs
Rubone
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