E tome mais SACI PERERÊ!

Através de Tio Barnabé, um dos seus personagens, Monteiro Lobato descreve o Saci-Pererê:
"O saci é um diabinho de uma perna só que anda solto pelo mundo, armando reinações de toda sorte: azeda o leite, quebra pontas das agulhas, esconde as tesourinhas de unha, embaraça os novelos de linha, faz o dedal das costureiras cair nos buracos, bota moscas na sopa, queima o feijão que está no fogo, gora os ovos das ninhadas.

Quando encontra um prego, vira ele de ponta pra riba para que espete o pé do primeiro que passa.

Tudo que numa casa acontece de ruim é sempre arte do saci.

Não contente com isso, também atormenta os cachorros, atropela as galinhas e persegue os cavalos no pasto, chupando o sangue deles.

O saci não faz maldade grande, mas não há maldade pequenina que não faça."

Alguns estudiosos do assunto, porém, afirmam que o SACI PERERÊ não tem uma perna só, ele teria duas pernas, só que uma é invisível.

Trata-se de uma habilidade tão interessante que alguns políticos brasileiros a copiam dos SACIS.

Mantém a perna visível apoiada no mundo dos homens de bem, enquanto que a outra perna, invisível aos olhos dos eleitores, fica metida na lama mágica de um mundo fantástico, habitado por duendes valerianos (carecas e publicitários) e ainda, por gnomos delubianos e fantasmas barbudinhos.

Tal mundo mitológico é habitado ainda pelos temíveis dudinhas de barbicha que atormentam e torturam pobres e indefesos galos e ainda carregam bregas pochetes cheias de maldades e escondem milhões de dólares no fim do arco íris, em um pote bancário mágico que fica nas Bahamas.