Doleiro confirma depósito em 98 de US$ 5 mi para Duda Mendonça em NY.
Globo Online - Jornal Nacional
SÃO PAULO
Em um dos três depoimentos à Polícia Federal, o doleiro Vivaldo Alves afirmou que, a pedido de Flavio Maluf, fez depósitos no exterior para Duda Mendonça - muito antes que o publicitário admitisse publicamente a existência de dinheiro não declarado fora do Brasil.
Duda Mendonça trabalhou para o PT e no passado também ajudou a eleger Paulo Maluf e Celso Pitta prefeitos de São Paulo.
O termo "publicitário" aparece numa das conversas entre Paulo Maluf e um dos advogados dele.
O diálogo foi gravado depois do primeiro depoimento de Vivaldo.
"- Bom, então, eu acho que agora nós temos que pensar numa direção a seguir, contando como que ele possa ter feito lá de pior, não é?"
afirma o advogado.
"- Acho que a direção a seguir é a seguinte, viu? Se ele incluiu o publicitário no assunto, o chefão..."
diz Maluf
"- Do Pro não vai deixar ele seguir o processo adiante -"
concluiu.
A investigação concluiu que "Pro" é o delegado Protógenes Queiroz, responsável pelo inquérito.
E o chefão que não deixaria o processo seguir adiante, caso o nome do publicitário aparecesse, seria o Ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, a quem a Polícia Federal está subordinada.
Cinco dias depois, a interceptação captou dois recados que Paulo Maluf deixou no celular do ministro da Justiça.
O primeiro, às 8h42 da manhã do dia 21 de julho deste ano, Maluf diz bem informalmente que "teria interesse em bater um papo" no fim de semana, acrescentando que "seria importante".
No mesmo dia, às 19h19, Maluf liga novamente:
"- Ministro, boa noite. É Paulo Maluf. 19h25 de quinta-feira.
Tenho muito interesse em falar com vossa excelência nesse fim de semana.
É muito importante.
Obrigado"
diz Maluf, agora num tom mais formal.
No depoimento, Vivaldo deu detalhes de depósitos feitos no exterior em benefício de publicitários de campanha.
"Duda Mendonça, que foi quem fez a campanha de Paulo Maluf, que foi Duda Mendonça e Nelson Biondi. Eles eram sócios"
diz Vivaldo à PF.
"E qual conta que eles utilizavam, qual código?"
pergunta um dos policiais.
"Era no Citibank. Chamava-se conta Eleven"
afirma Vivaldo.
Eleven, Vivaldo explicou, era uma referência a 11 - o número de Maluf em campanhas eleitorais.
O total depositado, diz era de cerca de US$ 5 milhões.
Por ordem de Flávio Maluf.
O dinheiro teria sido depositado em 1998, antes da campanha eleitoral.
A conta que recebeu o dinheiro para Duda Mendonça, segundo Vivaldo, pertencia a uma empresa chamada Heritage Finance Trust, no Citibank de Nova York.
5 comentários:
Quanto dinheiro esse empresário tido como vencedor e de sucesso afanou do povo...
Uma imagem de bem sucedido às custas da miséria de muitos.
É tanta maracutaia que chega a dar desânimo, mas temos que ser persistentes e acabar com a roubalheira.
Continue a divulgar que iremos distribuir para que possamos ter uma corrente de moralidade no País. É hora do basta! Chega de corruptos e corruptores.
È o bem vencendo ...e o dinheiro heim ? é desvio daqui , de lá ...e devolver que é bom , esperando !!!
Ops não era ele que só depositou lá fora, pq o Marcos Valério pediu,ingenuoooooooooooo esse Duda Mendonça , me poupe, tá me achando lesa ele :(
"É claro que o governo federal vai tentar faturar politicamente com a prisão de Paulo Maluf. Muita gente no país espera por isso há décadas. Vai passar a impressão de que só acontece agora porque este é um governo que combate a corrupção. A verdade é bem outra. A prisão é resultado de uma longa investigação do Ministério Público. O PT e o governo, estes, ao contrário, buscaram foi fazer acordos com Maluf — e fizeram — na eleição de 2004. E o preço, o que foi amplamente noticiado, foi a não inclusão do ex-prefeito na CPI do Banestado, cujo relator era José Mentor (PT-SP), deputado ligado a Marta Suplicy e a José Dirceu. Ficaram de fora do relatório tanto o Banco Rural como o ex-prefeito. Mentor está na lista do cassáveis porque recebeu dinheiro de Marcos Valério — segundo ele, por prestação de serviços. Ninguém duvida." — Reinaldo Azevedo
fonte: primeira leitura
A empresa que recebeu os depósitos do Duda la fora, mais precisamente no Japão, chama-se KAGADA CORPORATION, E FICA NA ILHA DO KUMAROTO.
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