
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou no início do mês de maio que pode decretar um plebiscito que permita sua reeleição por vários períodos até 2031.
"Ainda que me acusem de querer me perpetuar no poder, vou perguntar a vocês:
"Ainda que me acusem de querer me perpetuar no poder, vou perguntar a vocês:
'Está de acordo que Hugo Chávez seja presidente até o ano de 2031, sim ou não?",
disse o mandatário.
"Vamos ver o que acontece. De todos os modos, algum dia eu vou embora, mas o mais importante não é que vá ou que não vá, mas que não se vá agora, neste momento que apenas começa",
"Vamos ver o que acontece. De todos os modos, algum dia eu vou embora, mas o mais importante não é que vá ou que não vá, mas que não se vá agora, neste momento que apenas começa",
disse ele, durante um ato político no Estado de Lara, no centro-oeste da Venezuela.
A atual Constituição da Venezuela, aprovada em 1999, permite a reeleição apenas uma única vez.
A atual Constituição da Venezuela, aprovada em 1999, permite a reeleição apenas uma única vez.
Um eventual plebiscito poderia modificar essa condição.
Chávez tem defendido a possibilidade de sucessivas reeleições para presidente caso a oposição boicote o pleito marcado para dezembro.
Chávez se elegeu pela primeira vez em 1998.
Chávez tem defendido a possibilidade de sucessivas reeleições para presidente caso a oposição boicote o pleito marcado para dezembro.
Chávez se elegeu pela primeira vez em 1998.
Em 2004, seu mandato foi submetido a um referendo em que os venezuelanos decidiram que ele deveria continuar a ser presidente.
Em 3 de dezembro, o presidente deverá tentar a reeleição para um mandato de mais seis anos, pleito em que aparece como favorito para a vitória.
Em 3 de dezembro, o presidente deverá tentar a reeleição para um mandato de mais seis anos, pleito em que aparece como favorito para a vitória.
Pela lei atual, entretanto, ele não poderá participar da campanha presidencial em 2012.
Trata-se de um perigo real para a democracia na América Latina, um presidente da república querer permanecer no poder "democraticamente" por 33 anos.
Fere todos os princípios republicanos que se baseiam na alternância do poder.
O problema é que Hugo Chaves pode conseguir seu intento já que estabeleceu mecanismos na Venezuela em que a democracia é apenas virtual.
Mais grave ainda, para nós, brasileiros, é que nosso presidente não esconde sua admiração pelo "colega" Hugo Chaves e seus métodos.