Em foto do O GLOBO, o morro do Preventório em Charitas/Niterói
Ainda impactados pelo trauma de mortos e feridos em
deslizamentos causados por chuvas fortes tomamos conhecimento (através de matéria do O GLOBO) de que em Niterói,
após dois anos de atraso, ficou pronto um estudo que aponta 258 áreas de risco na
cidade onde 1.534 famílias vivem sob a ameaça de desmoronamentos. A prefeitura
de Niterói estima um gasto de cerca de 200 milhões em obras de contenção de
encostas. Um engenheiro amigo me diz que essas obras são como “enxugar gelo” e
que o correto seria o investimento em habitação popular removendo as famílias
que vivem em encostas para moradias dignas e em locais seguros. O problema é
que a remoção de famílias é uma medida que sempre gera antipatia e, em consequência,
efeitos negativos nas próximas eleições. Benjamin Disraeli, um político britânico
do século XIX, costumava dizer que a diferença entre um político ordinário e um
estadista é que o primeiro só pensa nas próximas eleições enquanto o estadista
pensa nas próximas gerações. Disraeli ficaria horrorizado se conhecesse os
políticos que “administram” Niterói!
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