quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

O MSB - Movimento dos sem-BOCA!

Imagine caro leitor, que aquela padaria pertinho de sua casa, ali mesmo na esquina, repentinamente encerrasse suas atividades!
Você teria o dissabor de caminhar mais dois quarteirões até a próxima padaria, para obter o sagrado pão de cada dia!
Mas imagine mais ainda, que uma semana mais tarde, também essa padaria fechasse as portas, e depois outra, e mais outra, até que seu bairro não tivesse mais nenhuma padaria em funcionamento!
Você teria que pegar seu carro, ou talvez um ônibus, para percorrer 5 ou 10 quilômetros até a próxima padaria, em outro bairro, para satisfazer sua necessidade diária de obter um pão fresco, agora não mais quentinho, pois já chegaria frio à sua casa.
De repente você descobriria que o fechamento das padarias era uma tendência geral.
Todas as padarias estavam fechando em virtude da ação de um grupo organizado auto-denominado "os vigilantes dos carboidratos"!
Você protestaria, é claro, em defesa do seu direito de consumir pão!
A parábola acima enunciada, apenas serve para ilustrar o que queremos dizer neste post.
Queremos falar sobre as "milícias" que estão tomando o controle territorial de comunidades carentes (favelas), e, em conseqüência, expulsando os traficantes de drogas que ali se encontravam encastelados.
As bocas-de-fumo e as bocas-de-pó estão sendo "fechadas" pela ação das "milícias"!
E os "consumidores" de tais mercadorias estão começando a entrar em pânico.
Começa a surgir entre nós o MSB, o Movimento-dos-sem-BOCA!
Aquela "tchurma" que costuma fumar MACONHA e entupir os narizes de COCAÍNA está inconformada ao ver desaparecerem seus tradicionais fornecedores, em virtude da ação "deletéria" das "milícias"!
Muitos destes "clientes" inconformados pela perda de suas "padarias" têm voz social muito ativa!
Alguns são "ongueiros" daqueles que se vestem de branco para protestar contra a violência em passeatas na avenida Atlântica com cobertura televisiva da GLOBO, e à noite, festejam o sucesso da "manifestação" com generosas doses de cocaína!
Os protestos desse pessoal contra a ação das "milícias" já está começando a dar na vista e está até "pegando mal"!
Vociferam contra as "milícias" com uma veemência que nunca antes usaram contra os traficantes de drogas instalados nas favelas cariocas.
No mínimo afirmam que as "milícias" são tão criminosas quanto os traficantes, os mais ousados exageram ao dizer que as "milícias" são mais nocivas que os traficantes!
Interessante é observar que ninguém procura saber a opinião dos moradores das favelas, se eles preferem as "milícias" aos traficantes, que estupram filhas de moradores e aliciam os meninos para que se tornem "trabalhadores" do tráfico de drogas!
É que a opinião dos favelados é irrelevante, os membros do MSB sabem o que é melhor para os moradores das favelas.
Que a atuação dessas "milícias" não é legal ninguém discute, mas daí a compará-la aos narco-traficantes vai uma distância muito grande.
Muitos membros do MSB moram em bairros protegidos por "segurança" particular.
Algumas empresas que proporcionam tal serviço são regularizadas, outras não... são clandestinas.
Que diferença as separa das "milícias" das favelas?
Nenhuma!
Apenas o MSB (Movimento-dos-sem-BOCA), luta pelo direito de manter em funcionamento seus tradicionais fornecedores de COCAÍNA e MACONHA!
E daí vem a gritaria!
Se os moradores de bairros de classe média alta podem pagar a particulares por SEGURANÇA (regular ou clandestina), por que os moradores de favelas também não podem pagar por SEGURANÇA às "milícias"?
As "milícias" que hoje atuam nas favelas são "iguaizinhas" às empresas que proporcionam "segurança" aos condomínios e bairros de classe média e alta, apenas não dão nota fiscal pelos serviços prestados!
As "milícias" são um fenômeno social que veio para ficar, tal e qual o transporte "alternativo"!
Preenchem um "vazio" institucional deixado pelo Estado, e, como na Física, não existe espaço vazio no universo!
Ao Estado, agora, com relação às "milícias", só resta uma alternativa: buscar uma forma de regulamentar e regularizar a nova "atividade".
Aos indignados integrantes do "Movimento-dos-sem-BOCA" cabe buscar novos fornecedores de sua maconha e cocaína diária.
Como estamos aqui a falar de imutável lei de mercado (oferta e procura), não há a menor dúvida de que o desaparecimento das BOCAS das favelas irá ensejar o surgimento de um novo tipo de narco-traficante para atender a sempre ansiosa e "necessitada" clientela.
Só não se sabe ainda ao certo qual será o perfil desse novo criminoso, mas que ele virá é certo!
O pessoal do Movimento-dos-sem-BOCA pode ficar tranqüilo e parar de fazer campanha contra as "milícias"!!!

4 comentários:

Anônimo disse...

Olá Grande !

Há tempos atrás você postou um tópico informando sobre estas Milicias; lá comentei o mesmo.

Neste atual nossos pensamentos se coicidem, e volto a repetir o que havia escrito antes.

SAUDADES DO ESQUADRÃO DA MORTE !!!

Anônimo disse...

Prezado Chefe

Colaborando com vosso raciocínio,já está em pleno curso a transformação no mercado das drogas. Temos constatado na DRE que os "matutos" já vem vendendo direto para os traficantes da classe media/alta( que antes compravam dos morros). Estão com medo das milicias... Só não se sabe se o medo é de tomar uma mineirada ( igual ao gás )ou medo de morrer!!

Anônimo disse...

Sou de opinião de que não se deve proibir s venda de entorpecente.Deixa estes infelizes explodirem.Que se danem.É melhor que colocar "toda" a população
em risco por causa destes viciados,que absolutamente não querem se desintoxicar.Garanto que assim a violencia diminuiria muitoooo ...

Anônimo disse...

Concordo com você.Deve ter muito consumidor reclamando.
Eu fiquei sabendo que o "mark-up" das drogas é da ordem de 22 vezes, maior que o da indústria farmacêutica que é de 18 vezes.É muito lucro. Logo logo, os traficantes aperfeiçoarão o "delivery" para manter a clientela.