terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Menos "palavrório" e mais AÇÃO!

Há quem diga que a política é uma “cachaça” e cada vez mais os fatos me convencem de que tal afirmação é uma verdade!
Principalmente a campanha eleitoral parece embriagar seus protagonistas e quando estes são eleitos, o “porre” parece se prolongar por dias após a posse no cargo ao qual foram eleitos.
No Rio de Janeiro o governador eleito tem consumido seus primeiros dias de governo visitando hospitais públicos e se surpreendendo com a situação calamitosa que encontrou, dando a impressão, aos menos avisados, que vivia na Europa antes de ser eleito!
Por onde andava o novo governador, antes de ser eleito, que não sabia das sofríveis condições que o anterior “desgoverno” carioca impunha aos cidadãos do Rio de Janeiro?
E o pior é que o novo governador parece se comportar como um político de oposição ao governo anterior, coisa que ele efetivamente nunca foi.
Se a administração pública do Rio de Janeiro era um desastre, é preciso lembrar que ela estava a cargo, nos último 8 anos, dos “garotinhos”, que são do mesmo partido político do novo governador, e que inclusive o apoiaram durante a última campanha eleitoral de 2006.
Já está na hora de passar o “porre da cachaça política” da última campanha.
Ninguém agüenta mais as peregrinações acompanhadas da mídia a hospitais públicos para apontar defeitos que todo mundo já conhece.
A população prefere que o novo governador fique trancado em seu gabinete trabalhando para solucionar os problemas.
Dos problemas já sabemos e estamos cansados!
O que queremos agora são as soluções!
Na área de segurança pública nada mudou e os criminosos continuam a fazer no Rio de Janeiro o que bem entendem, na hora e no lugar que escolhem.
As promessas do novo governo de melhorias rápidas na questão da criminalidade não tiveram o menor reflexo na realidade que continua aterradora.
Parece que esqueceram de combinar com os bandidos, que pelo visto não deram a mínima para a troca de comandos no Rio de Janeiro!
Na semana passada, na madrugada de quinta-feira, enquanto o novo comandante da PM ensaiava a nova estratégia de policiamento na Linha Amarela (uma das vias expressas da cidade), cerca de 30 bandidos fortemente armados promoviam uma falsa “blitz” na entrada do túnel Rebouças (que liga o centro à zona sul da cidade), e saqueavam mais de vinte motoristas e seus acompanhantes.
Parecendo dominar as mais tradicionais estratégias de marketing, o novo secretário de segurança do Rio de Janeiro resolveu, inteligentemente, mudar de assunto e anunciou um “factóide” que serviu para preencher a manchete do jornalão O GLOBO de domingo.
A nova secretaria de segurança vai exigir anualmente declaração de bens dos policiais!
A idéia é boa, pena que é velha.
A Receita Federal já exige declaração anual de bens dos policiais e aqueles que têm algo a esconder já se acautelam há tempos e usam mecanismos de “engenharia fiscal” para esconder o que deve permanecer oculto.
Mas o novo secretário de segurança se apressa em esclarecer que tal medida não vai acabar com a corrupção, mas apenas quer dar maior transparência aos policiais.
Alguém aí entendeu?
Eu não entendi!
Os policiais do Rio de Janeiro parecem que já são “transparentes”, pois os criminosos que agem livremente na cidade não tomam conhecimento deles!

4 comentários:

Anônimo disse...

Quando PM lava a farda no banheiro e estende-a nesse mesmo recinto é porque a situação está preta para valer.O cagaço é amplo,geral e irrestrito.

Luiz Carlos FS Marques disse...

A indignação do Governador frente ao estado da Saúde no Rio nos demonstra que como Deputado não se preocupou com a população e nem honrou a representação do Estado do Rio de Janeiro, enquanto Senador.
A estratégia 'ética' de não saber o que se passa fez escola por aqui.

Alice disse...

Eu vi na Tv , na visita ao hospital , ele fazia de cara de horror, " cara de horror " faz o povo todo dia que precisa usar a sáude pública .
Enquanto os politicos fazem " cara de paisagem " , nem é com eles ...
Bom dia :)

Gian disse...

Política é uma cachaça?
Começo a entender a sede de poder do nosso presidente