terça-feira, 17 de outubro de 2006

Campanha eleitoral ao governo do Rio de Janeiro!

A campanha eleitoral do segundo turno ao governo do Estado do Rio de Janeiro está uma verdadeira barafunda cada vez mais difícil de entender!
Explicamos:
Em 1982, na primeira eleição direta para governador depois da "revolução" de 1964, mas ainda em pleno regime militar, LEONEL BRIZOLA foi eleito governador pelo PDT!
Em 1986, como ainda não havia possibilidade de reeleição, BRIZOLA tentou fazer seu sucessor, o respeitável e saudoso professor DARCY RIBEIRO.
Não conseguiu!
Em 1986 MOREIRA FRANCO foi eleito governador do Rio de Janeiro como representante do "chaguismo", prática política que misturava clientelismo e fisiologismo inaugurada por CHAGAS FREITAS, outrora governador nomeado pelos militares, com muita força no interior do estado!
Em 1990 LEONEL BRIZOLA foi eleito novamente governador do Rio de Janeiro!
Em 1994 MARCELO ALENCAR foi eleito governador!
Em 1998 foi a vez de ANTHONY GAROTINHO, tendo como vice BENEDITA DA SILVA do PT.
Como ANTHONY GAROTINHO teve que deixar o governo para se candidatar à presidencia em 2002, BENÉ assumiu o governo por 6 meses!
Em 2002 ROSINHA GAROTINHO (esposa de ANTHONY), foi eleita governadora do Rio de Janeiro.
Nem o mais otimista pode dizer que algum desses governos foi benéfico para o Rio de Janeiro, com justa ressalva para LEONEL BRIZOLA que implantou o conceito revolucionário dos CIEPs (Centros Integrados de Educação Pública), com educação em horário integral e assistência total aos alunos.
500 CIEPs foram construídos com base nas idéias de DARCY RIBEIRO.
Hoje a maioria está decadente e o princípio do horário integral foi abandonado.
Ao longo desses 24 anos a situação do Rio de Janeiro só piorou, principalmente na área da segurança pública.
Pois bem!
Hoje, em plena campanha eleitoral de 2006, representantes de todas as correntes políticas acima enumeradas estão no palanque do candidato SERGIO CABRAL (que inclui o candidato LULA), e nenhum desses políticos pode advogar a seu favor algum sucesso quando tiveram a oportunidade de conduzir o governo do Rio de Janeiro.
Aí cabe perguntar:
Com um "arco de alianças" políticas tão eclético e heterogêneo qual será a linha ideológica ou programática de um eventual governo SERGIO CABRAL?
Em uma coleção de fracassos históricos qual será a experiência a ser aproveitada?
A troco do quê se reúne um grupo tão inusitado?
Do outro lado, em oposição a SERGIO CABRAL está a ex-juíza DENISE FROSSARD, que só não está sozinha porque conta com o apoio do prefeito carioca CESAR MAIA!
DENISE FROSSARD apóia e é apoiada por GERALDO ALCKMIN, que por sua vez é apoiado pelos GAROTINHO, que estão no palanque do lado de lá!
O fato é que voto no Rio de Janeiro e não estou entendendo NADA!!!

3 comentários:

Anônimo disse...

Sou paulista, do interior. Fui muito ao Rio de Janeiro, sempre para participar de treinametos promovidos pelas duas empresas em que trabalhei.

Nesses últimos 24 anos eu sempre observei e confirmei algo, certamente, óbvio para o carioca: com exceção de curtos períodos (ou, nenhum?), o governo estadual sempre esteve mais na contramão do que no mesmo sentido do governo federal e, conseqüentemente, o Estado do Rio de Janeiro sempre punido pelo freio da manipulação das verbas e outras interferências indesejáveis por parte do governo federal. Justo o Rio de Janeiro, com tantas instituições federais dos saudosos e bons tempos de Capital Federal. Não é à toa que os sistemas de saúde e segurança do Rio de Janeiro estão em estado de calamidade. Além do mais, nesse mesmo período, governo municipal também na contramão do governo estadual.

Quanto aos políticos que disputam o poder no Estado do Rio de Janeiro, com raras exceções, são décadas de politicagens, mediocridade e fisiologismo, cujo auge (ou ainda, não?) está ocorrendo agora e não é por "casualidade" e, sim, por esses novos tempos "padrão PT"! É a promiscuidade "ideológica". Falando em "português latino", digo, "na lata", está ocorrendo uma verdadeira putaria política, onde o mais "santinho" (ou santinha) conserta relógio suíço usando luvas de boxe, conforme bem disse (!?) o ex-deputado federal Severino Cavalcanti a respeito dos seus "nobres colegas do legislativo".

Peço desculpas por botar o bico onde não fui chamado, mas a bola estava "pingando" na área.


PS: Barco Brasil, 27 passageiros, Rio, São Paulo, Goiás, Pernambuco, Minas... estamos todos no mesmo barco. Brasil, que não cresce, não gera empregos suficientes; educação, saúde e segurança funcionando à base de gambiarras, trambiques "bem intencionados" típicos da unanimidade nacional: o jeitinho brasileiro. Só falta a nova Ordem Latino Américana Bolivariana unir o “jeitinho brasileiro” com o “desespero inventivo cubano” (velhos carros americanos ainda transitando, antenas parabólicas feitas com bacias de tomar banho, etc), e sairmos cantando “Guantanamera, guajira guantanamera... Socorro! Quanta lameira, estão nos afogando....”

Anônimo disse...

O Rio é uma esculhambação só.

baratas disse...

Certamente, seguirá a linha ideológica ou programática do fisiologismo, do compadrio das "elites brancas" e sedentas por cargos "CC's". A aglutinação de apoios políticos deveria causar desprezo perante estes oportunistas eleitoreiros e venais. No entanto, a maioria da pacata cidadania pensa que, por todos estarem aglutinados a uma candidatura; esta, sim, por si só já seria merecedora de voto_ a maioria não pode estar errada(...pensam). Uni-vos aos vencedores! O que me faz lembrar uma piada: "Coma merda, afinal, milhões de moscas não podem estar erradas."
Saúde e paz!
www.baratas.tk