quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006

DESABAFO DE UM PAI!

Um jovem que teve a vida abrupta e prematuramente ceifada, tão somente porque, na madrugada do dia 07 de setembro, na defesa dos direitos humanos de dois travestis que clamavam por socorro, na Avenida Rio Branco, esquina com Teófilo Otoni, que eram castigados por três elementos – Samuel, Antônio e Márcio - , com os quais se negaram a fazer programa sexual.
Ao ouvir os gritos dos travestis, o jovem policial interrompeu seu trajeto normal, no caminho da sede da Polícia Federal, para atender as súplicas dos dois e dissuadir os três incômodos cafajestes, para que não os molestassem ou maltratassem.
O policial Gustavo enganou-se, ao pensar que iria encontrar pessoas que pudessem, com um simples diálogo, convencer a suspender o castigo e os maus-tratos que estavam sendo impostos aos infelizes homossexuais.
Ao se aproximar e dirigir as primeiras palavras, recebeu uma violenta “gravata” de um dos homens, enquanto os outros dois passaram a desferir socos e pontapés.
Os violentos golpes desfiguraram o rosto de Gustavo, causando diversos hematomas em sua face e, aos poucos, a resistência foi sendo minada.
Ele estava em total desvantagem – três contra um – e não recebeu nenhum tipo de socorro dos travestis.
Não encontrando outra alternativa, o Agente sacou sua arma para tentar se livrar da violenta “gravata” que o sufocava e atingiu seu algoz no ombro.
Mas nunca foi seu propósito matar ninguém.
Jogado ao chão, ele passou a ser pisado e chutado pelos três malfeitores que, mesmo vendo-o desmaiado e sem possibilidade de reação, maldosa, cruel e covardemente arrastaram a vítima, já sem sentidos, até um canto.
Gustavo foi virado para baixo e executado com vários tiros nas costas.
Os disparos atingiram órgãos vitais, como coração e fígado, e o ânus, provocando ainda o esfacelamento do pênis.
Agora, o que causa a maior perplexidade é o fato desses monstros estarem sendo apresentados como vítimas, a ponto de serem exaltados e defendidos pela Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pelo Ministério Público, ONGs etc.
Já que os assassinos – Antônio,Samuel e Marcio – supostamente foram vítimas de tortura nas dependências da Policia Federal.
Como pai sofrido e amargurado do policial, única vítima em defesa dos direitos humanos, quero manifestar minha grande tristeza e decepção, pelo fato de os órgãos de imprensa não terem dedicado qualquer espaço para exaltação e louvor do sacrifício do exemplar Agente.
E, ainda, bom filho, zeloso pai de Julia, que, aos cinco anos, sempre pergunta pelo pai que não volta mais para casa, para passear de bicicleta, nadar na piscina, surfar na praia e tocar sua música.
É muito grande a dor de quem escreve, pois começo a acreditar e a me culpar, por não ter ensinado ao Gustavo as maldades do ser humano e, também, por ter sido seu grande incentivador no ingresso à carreira policial.
Agora, estou privado de sua companhia e de poder escutar as belas melodias que emanavam do seu saxofone, pois ele era um amante ardoroso da arte dos anjos – a música.
Até o dia em que nos veremos novamente.
Seu pai,
Egberto Melo Moreira.
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O texto acima, foi escrito pelo pai do Agente de Polícia Federal MAYER, cujo assassinato foi tema do post de ontem deste VOX LIBRE.
Tal texto também foi escrito em 2002 e igualmente teve sua publicação recusada pelos grandes jornais do Rio de Janeiro.
Parece que nossa "grande" mídia prefere celebrar bandidos!
O texto foi enviado para os comentários do VOX LIBRE pelo amigo MÁRCIO ENGELBERG, mas merece ser repetido na nossa "primeira página", porque afinal de contas, como dito ontem... ACÁ MANDAMOS NOSOTROS!!!

7 comentários:

Alice disse...

Td errado infelizmente :(
Convido vc ,a dar uma olhadinha " no meu novo cantinho:
http://semeandopensamentos.blogspot.com/ " , lógico que o " Alice vai continuar a todo vapor, o Semeando ,vai ser meu lado light :)
Bom dia e bjins .

Luiz Carlos FS Marques disse...

Meu caro Rayol, comentário absolutamente perfeito.
Estamos numa época de inversão de valores, hipócritas, dos que querem defender os aparentemente mais fracos em nome do entendimento de necessidades sociais.
O que é obrigação, honestidade, ética, moralidade e respeito ao próximo virou atitude de segundo plano escudado por definições econômicas e sociais.
Lastimável!

Anônimo disse...

Parabéns pela iniciativa Rayol!! Graças a Deus hoje dispomos de meios de comunicações individuais que garantem a livre circulação de informações como o caso em tela. Encaro como uma verdadeira homenagem ao APF Mayer tal divulgação, tendo em vista que os meio tradicionais se mostraram apáticos a tal informação!!!

VIVA À INTERNET E AOS BLOGGEIROS!!!

abcs
Rubone

Ricardo Rayol disse...

latimavel que os direitos humanso só sejam aplicáveis aos bandidos. Protestemos e pressionemos para que isso nao se repita.

Anônimo disse...

Desculpem, eu sei que o comentário que eu vou fazer quase nada tem haver com o posto colocado, mas deve ser lido, assim como o blog recomendado.
QUEM É O LOBISTA DE FURNAS?
Ana Maria Pacheco Lopes de Almeida (10/02/06 16:11)

Do leitor Wayne Kaminski: "Peço aos amigos do e-agora que visitem meu blog e vejam a enorme quantidade de documentos que, finalmente, com a ajuda de dois jovens amigos, consegui colocar sobre o tal Nilton Monteiro, que estou chamando de Niltão do Dossiê. É impressionante e daqui a pouco vai ter mais. Dêem-me a honra e indiquem para os amigos. http://waynekaminski.zip.net"
VALE A PENA DAR UMA ESPIADINHA NO BLOG DO WAYNE *meu comentário)

Anônimo disse...

Se alguem quiser vêr o que a defensora dos DH da comunidade de orkut,-direitos humanos- expressou,é só entrar no link.
Coloquei com o nome de meu filho,porque eu, eles não aceitam lá.;não aceitam por causa do caso do "fim de carreira".Postei os dois textos.

Anônimo disse...

Realmente essas ONG'S de direitos humanos tratam com muita humanidade os que tratam seus semelhantes com desumanidade.Eles conseguem pressionar magistrados cagões,que fazem atos jurídicos impensáveis, com medo de execração através da mídia e portanto não honram a toga que vestem.