quinta-feira, 13 de outubro de 2005

Operação "ABAFA" sob o comando do Ministro da Justiça!

Funcionários do Ministério da Justiça, a mando do ministro Márcio Thomaz Bastos, são os principais responsáveis pelo ritmo lento das investigações a respeito da origem do dinheiro do mensalão.
Fazem tudo como se obedecessem os ritos legais necessários, mas abusam dos cuidados com o objetivo de esfriar a crise até o abafa final -a CPI dos Correios termina na metade de dezembro.
Na semana passada ocorreu um fato emblemático a respeito da lentidão das apurações.
Estavam em Nova York duas equipes brasileiras em busca de documentos para identificar a origem do dinheiro ilegal que abasteceu o valerioduto e os partidos aliados de Lula dentro do Congresso.
Uma equipe em Nova York era a do delegado da Polícia Federal Luiz Flávio Zampronha. A outra equipe era a de Antenor Pereira Madruga Filho, diretor do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça.
O chefe de Zampronha e de Madruga é a mesma pessoa: Márcio Thomaz Bastos.
Ocorre que o controle da PF é muito menor do que se imagina.
Já o tal departamento comandado por Madruga é um órgão sempre a serviço do governo.
Zampronha tentava convencer as autoridades responsáveis de Nova York a respeito da necessidade de o Brasil receber imediatamente os documentos de contas bancárias e empresas suspeitas de terem abastecido o valerioduto.
Só esses documentos poderão deixar claro de onde veio a dinheirama ilegal recebida pelo marqueteiro malufo-petista Duda Mendonça.
No meio do caminho de Zampronha apareceu a equipe de Antenor Madruga.
O funcionário do DRCI (na realidade, uma mulher), a mando de Márcio Thomaz Bastos, alegou ser temerário entregar a documentação para a PF brasileira ou para os integrantes das CPIs em curso no Congresso.
Com outras palavras, o DRCI deixou escapar que "vazaria tudo para a imprensa".
O resultado foi o óbvio. As autoridades de Nova York decidiram entregar os papéis apenas para o Supremo Tribunal Federal do Brasil.
Daí, até esses documentos chegarem à PF e às CPIs o caminho é longo e demorado.
Quem esteve em Nova York e apurou com as autoridades locais teve a sensação de que a equipe de Madruga insinuou não ser uma má idéia se os papéis chegassem ao Brasil só em janeiro do ano que vem.
A CPI dos Correios já teria terminado.
O Congresso estaria em recesso.
Melhor do que isso, impossível.
Abafa total.
Esse prazo de janeiro não deve ser atendido.
Até o início de novembro a documentação deve chegar ao STF.
O próximo passo será o ministro do Supremo Joaquim Barbosa analisar os papéis e encaminhá-los para onde achar necessário.
A CPI vai pedir.
A PF vai pedir.
E o Ministério da Justiça vai recomendar cautela.
Como estará muito em cima da hora do final da CPI, a chance de abafa dos dados não é pequena.
Se assim ocorrer, será mais uma vitória de Márcio Thomaz Bastos.
Ele já foi um dos mais acionados governistas no período em que se divulgou a versão do caixa 2 para toda a dinheirama do valerioduto. Agora, prestará mais um serviço para Lula ajudando a esfriar de uma vez o clima da crise.
Fonte: Fernando Rodrigues - Blog do Fernando

3 comentários:

Ricardo Rayol disse...

Nada como colocar um processo em marcha lenta para assar uma pizza.

Alice disse...

Bem já que querem "assar a pizza" em marcha lenta , né Ricardo ,devemos então começar a " assar a batata deles",fazendo a lista com os nomes dos deputados que estão nas CPIS e tbm não votando neles, mandando emails falando que eles tbm não merecem nosso voto ,já que eles estão lá para " nos defender" ,sendo pagos com nosso dinheiro . E não paera apafar, fazer pizza .
Já está lá no meu blog ,o seu artigo :)
Bom dia

Anônimo disse...

Nada melhor para assar uma pizza do que um povo que a deixa ser assada.... a pizza é feita lá, mas é apreciada, paga e comida pelo povo, que não faz nada quando não vê os culpados, que não exige firmemente que não se asse pizza, que continua a votar nos mesmos corruptos e despreparados... Eles não fariam tanta coisa se nós não deixássemos